A febre do ouro na Bolsa não impulsiona as grandes mineradoras devido aos seus problemas financeiros

Nos últimos anos, a Bolsa de Toronto vem perdendo grande parte de suas cotações. Os grandes fundos de investimento começaram a se desfazer de seus investimentos nas principais mineradoras do mundo. Entre eles, fundos como o Millenium se posicionaram contra os grandes players da extração nos últimos anos.

A valorização do ouro, o metal dourado considerado a tábua de salvação das turbulências econômicas, está nas alturas: atingiu quase 4.000 dólares por onça esta semana. A prata seguiu os passos do metal amarelo após uma valorização superior a 75%. O cobre, considerado o termômetro para medir Todos esses metais preciosos e industriais se tornaram o

“É muito difícil iniciar um novo projeto de mineração”, explicou a este jornal Marion Balestier, gestora de carteiras de metais preciosos e básicos para a gestora francesa Ofi Invest Asset Management. “Existem problemas operacionais e de licenças, por isso é muito difícil para as empresas de mineração iniciar novas operações”. Por isso, a gestora optou por orientar sua estratégia em torno da cotação das matérias-primas, em vez de ancorá-la ao desempenho das mineradoras.

Nos últimos anos, a Bolsa de Toronto, considerada o epicentro bursátil para as mineradoras, com cerca de 40% das referências mundiais da extração, vem perdendo a maior parte de suas cotações. Em 2022, o número de mineradoras oscilava em torno de 1.000 empresas. Desde junho deste ano, as empresas mineradoras listadas na bolsa canadense caíram para 903, de acordo com os últimos dados do Toronto Stock Exchange Group (TSX). Em 2019, esse número ultrapassava 1.000 integrantes. A Barrick Mining, uma mineradora canadense líder na produção de ouro, explorou a possibilidade de mudar sua sede para Nova York.

De acordo com a consultoria EY, o principal risco incorrido pelas mineradoras é o capital e a liquidez. O segundo maior temor são as preocupações em torno do cumprimento dos critérios ESG (Ambiental, Social e Governança), a geopolítica, a escassez de recursos e as dificuldades que enfrentam para obter licenças e permissões. “As mineradoras continuam enfrentando um maior escrutínio por parte dos investidores sobre como os investimentos são distribuídos, com um forte foco na disciplina de capital e na rentabilidade”, destacou Paul Mitchell.

Anabete Lima/ author of the article

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